A luta contra as infecções sexualmente transmissíveis, em especial o HIV/Aids, estará em destaque durante os próximos dias na saúde pública de São Mateus do Sul. A prefeitura deve intensificar a realização de testes rápidos, palestras e divulgação de informações relacionadas à prevenção dessas doenças, em função do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, lembrado em 1º de dezembro.
Uma grande passeata para levantar a bandeira da luta contra a Aids acontece em São Mateus na manhã dessa terça, 1º, saindo da Rodoviária às 9h. O objetivo do ato é chamar atenção para a prevenção e os cuidados com o vírus, e deve reunir setores relacionados à saúde, escolas, entidades e demais instituições do município.
A passeata termina no Clube ideal Sãomateuense, com a exibição do curta "Cinzas e Rosas", produzido por uma equipe do Colégio Estadual Eugênio de Almeida, de Fluviópolis, e dirigido por Igor Moreira. No dia 2, quarta, serão realizadas palestras sobre prevenção de ISTs com a Dra. Júlia Cordellini, especialista em jovens. As palestras serão direcionadas a estudantes do município e acontecem no período da manhã e também à tarde.
"Nosso objetivo é chamar a atenção da população para uma realidade muito séria", comenta a chefe do setor de Epidemiologia da prefeitura, Rosângela Mendes Paul. "É importante que a gente tenha essa reflexão no nosso dia-a-dia. As infecções sexualmente transmissíveis são muito sérias e trazem complicações. É preciso conhecer elas para combatê-las e tratá-las e garantir uma boa qualidade de vida pra nossa população".
Um dos desafios no controle das ISTs, segundo a Secretaria de Saúde, são as barreiras impostas por algumas famílias que, ao tratarem a sexualidade como tabu, acabam, por diferentes motivos ou justificativas, não debatendo sobre o assunto com os filhos. A repulsa em relação ao possível contato dos filhos com preservativos, por exemplo, ainda parece ser uma realidade - e acaba fazendo com que jovens e adolescentes tenham contato primeiro com o ato sexual, e só depois com os cuidados necessários em relação a ele.
"A prevenção deve iniciar desde cedo", defende a bioquímica Adelaide Minervini, da Secretaria de Saúde. "Os adolescentes estão adquirindo essas infecções por não se cuidarem, e nós precisamos do apoio dos pais para estar passando isso para esses adolescentes".