Começou no dia 22 de abril a Campanha de Vacinação contra a gripe em todo o Paraná. Neste ano, o grupo das crianças foi ampliado e abrange também as que têm entre 2 e 5 anos incompletos (4 anos 11 meses e 29 dias). Antes, apenas as crianças de seis meses a menores de dois anos recebiam a vacina.
Outros grupos contemplados nesta campanha são: gestantes, puérperas (mulheres em pós-parto até 45 dias), indígenas, idosos, doentes crônicos, trabalhadores de saúde e população privada de liberdade. A expectativa é que 2.9 milhões de paranaenses sejam vacinados durante a campanha que termina no dia 9 de maio.
As doses da vacina estarão disponíveis em mais de 2,5 mil postos e unidades básicas de saúde do Paraná.
Devido às condições climáticas do estado, de inverno rigoroso, a campanha de vacinação foi adiantada para abril a pedido do Paraná. "Pedimos que a população contemplada procure as unidades de saúde já primeiros dias da campanha porque a vacina concede imunidade após 15 dias da aplicação", enfatiza o superintendente. O dia D de vacinação acontecerá no dia 26 de abril. "Vamos fazer uma grande mobilização neste dia com os municípios e queremos que a população participe", destaca.
A vacina, que estará disponível na rede pública, protege contra os vírus mais circulantes no país (Influenzas A H1N1 e H3N2 e Influenza B). A vacina é segura e só é contraindicada para pessoas que já apresentaram reações adversas em campanhas anteriores ou que tenham alergia a ovo.
Crônicos - Neste ano deverão ser vacinados aproximadamente 640 mil doentes crônicos, estimativa feita a partir da campanha do ano passado. A vacina para este grupo reduz consideravelmente o risco de agravamento do quadro, caso o doente contraia o vírus da gripe.
Para receber a dose, o doente crônico deverá comprovar que tem direito à vacina apresentando prescrição médica de indicação da dose ou receita do medicamento de uso contínuo utilizado em seu tratamento. Caso o paciente não tenha nenhum desses documentos, a orientação é que ele vá à unidade onde recebe tratamento e solicite ao profissional de saúde que verifique seu cadastro nos programas de acompanhamento do Sistema Único de Saúde.
Trabalhadores de saúde receberão a vacina nos serviços de saúde onde atuam. A vacina será ofertada apenas para os profissionais que atendem pessoas com suspeita de gripe. Para este grupo, será exigido um documento assinado pelo médico responsável pelo serviço a que o trabalhador está vinculado.
Neste ano, as gestantes não precisam comprovar a gravidez, basta que ela mesma diga que está grávida. Ela terá a garantia da vacina independente do período da gestação. Já as mães que deram à luz pelo menos 45 dias antes da vacinação terão que apresentar a certidão de nascimento do recém-nascido. Para os demais grupos basta a apresentação de um documento de identidade e, se possível, a carteira de vacinação. "A carteira de vacinação é um documento e deve ser apresentado no momento da vacina. Caso não tenha o documento, solicite ao profissional de saúde e mantenha-o atualizado.
Como nas campanhas anteriores, a vacina será aplicada em uma única dose para todos os grupos, com exceção das crianças que nunca foram vacinadas, que receberão duas doses, sendo a segunda aplicação 30 dias após a primeira. "É importante que os pais coloquem em seu calendário esse retorno à unidade de saúde para a segunda dose da vacina", reforça o superintendente.
Os responsáveis têm o compromisso de levar as pessoas sem autonomia para receberem a vacina. É essencial que as crianças, os idosos e os doentes crônicos sejam vacinados. Se houver dificuldade, seja no transporte ou no horário de vacinação, o responsável deve entrar em contato com a unidade de saúde mais próxima e expor a situação.
A melhor forma de se proteger da gripe é praticar hábitos saudáveis, como manter os ambientes arejados e higienizar as mãos, sempre que possível.
Além disso, as pessoas com suspeita de gripe devem procurar atendimento médico o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. "Não se automedique. Procure atendimento médico e só utilize o medicamento indicado. O antiviral oseltamivir (tamiflu), por exemplo, está disponível gratuitamente nas unidades de saúde e pode ser retirado a partir da receita médica.
Categorias de risco clínico com indicação para vacina contra influenza
Leia mais notícias sobre ações da Secretaria Municipal de Saúde
Categoria de risco clínico | Indicações |
Doença respiratória crônica | Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave); DPOC; Bronquioectasia; Fibrose Cística; Doenças Intersticiais do pulmão; Displasia broncopulmonar; Hipertensão Arterial Pulmonar; Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade. |
Doença cardíaca crônica | Doença cardíaca congênita; Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade; Doença cardíaca isquêmica; Insuficiência cardíaca. |
Doença renal crônica | Doença renal nos estágios 3,4 e 5; Síndrome nefrótica; Paciente em diálise. |
Doença hepática crônica | Atresia biliar; Hepatites crônicas; Cirrose. |
Doença neurológica crônica | Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica; Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; Deficiência neurológica grave. |
Diabetes | Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos. |
Imunossupressão | Imunodeficiência congênita ou adquirida; Imunossupressão por doenças ou medicamentos |
Obesos | Obesidade grau III. |
Transplantados | Órgãos sólidos; Medula óssea. |
Portadores de trissomias | Síndrome de Down, Síndrome de klinefelter, Sídrome de Wakany, dentre outras trissomias. |